Moradores de rua
Vidas perdidas entre vícios.
Vícios que vagam pelas ruas.
Ruas que acomodam esquecidos.
Esquecidos humanos de sonhos desconstruídos.
Vícios que vagam pelas ruas.
Ruas que acomodam esquecidos.
Esquecidos humanos de sonhos desconstruídos.
Humanos que dormem em papelões debaixo de edifícios.
Edifícios cheios de pessoas que praticam falcatruas.
Falcatruas de indivíduos com valores distorcidos.
Distorções que compõem cenários urbanos diluídos.
Edifícios cheios de pessoas que praticam falcatruas.
Falcatruas de indivíduos com valores distorcidos.
Distorções que compõem cenários urbanos diluídos.
Como é difícil sentir as dores da ferida de alguém.
Alguém que geralmente procuramos não tocar.
Não tocamos, porque o tato nos rebaixa na condição de iguais, de humanos, e isso, nos acomete.
Alguém que geralmente procuramos não tocar.
Não tocamos, porque o tato nos rebaixa na condição de iguais, de humanos, e isso, nos acomete.
Como é difícil olhar o mundo pelos olhos de alguém.
Alguém que geralmente procuramos não enxergar.
Não enxergamos, pois sabemos que a vista se compadece, e isso, nos compromete.
(Gabriel Araújo)
Fotografia que faz parte da exposição "Os Quase Invisíveis"
do fotógrafo Fausto Saez.