quarta-feira, 27 de julho de 2016

Terra Natal

“... Guarujá... Guarujá.
O mais lindo recanto que há. 
Poema de sonho e de cores.
Um ninho de amores.
És tu, Guarujá...” (Canção do Guarujá)

Guarujá
Necessito de ti!
Os amores que eu encontrei aqui
Não me fizeram esquecer daqueles que eu construí aí.

Oh, linda pérola do Atlântico, Guarujá!
Já não me sinto tão bem longe de suas praias!
Longe da tua brisa, longe daquela velha e boa maresia.
Longe daquela menina que floresceu em seu território.
Longe das promessas que firmei junto às conchas do mar.
Hoje tudo parecem pegadas na areia que o mar levou.
Só a saudade, que queima que nem o sol no horizonte de sua crosta litorânea, que me restou.

Recanto de amor e paz, Guarujá!
Existem fronteiras de distância me separando de suas ruas.
Existem mágoas nessa distância de chão.
Nessa distância de sonhos perdidos na jornada.
Nessa vida de miséria que mora no suor do povo que eu encontro.
Na saudade de tempos que não voltam mais, que há nos olhos de cada sertanejo.
Penso na vida que deveria ter sido e não foi em suas terras;
Penso em tua vida
Penso em minha vida.
Penso em um mundo que deixei, quando abandonei sua paradisíaca ilha!

Se hoje lembro dos sorrisos de quem deixei.
Dos amigos que um dia eu fiz.
Das coisas que eu podia ter dito e eu não falei.
É porque ainda existem fragmentos seus, como um coração com uma eterna cicatriz.
(Gabriel Araújo)

domingo, 10 de julho de 2016

Poema da Renata ( Sorriso vermelho)


Foi por causa daquele beijo, que troquei milhares de olhares.
Foi aquele teu sorriso, que me fez esquecer de todos os outros.
Foi do lado daquela árvore,  o nosso primeiro beijo.
E, quando a gente for velhinhos, será lá também o nosso último.

Como viveu? Por que não apareceu antes? Por onde andaste?
As respostas vieram naquele beijo de São João, na fogueira, nos estouros.
Na sua sedução, na dança, no meu desejo.
Meu desejo era que o tempo tivesse parado enquanto meus olhos procuravam teu riso. Minhas mãos procuravam tuas mãos. Coisas em você que eu rimo.

Renata.
Sua beleza, o céu se rasga.
Esse seu sorriso vermelho, meus olhos exaltam.
Me perco nesses olhos, como o pôr do sol de uma regata.

Minha boca é dependente da sua boca, elas se gravitam.
Sou prisioneiro do cheiro do campo e do seu cabelo cacheado.
Dos meus cuidados seus dias necessitam.
Nosso amor tem a cor desses matos, dos teus olhos esverdeados.
(Gabriel Araújo)