Soneto da borboleta laranja (Borboleta-monarca)

Ser místico de vestido laranja celeste que chamam de asas.
Habitas nos mais altos jardins do meu pensamento.
Quando longe de tua presença, sinto sua falta.
Sinto falta do cheiro, da alegria e das cores que você traz para minha vida.

Quero me aquecer no calor alaranjado das tuas brasas.
Quero voar ao seu lado sem arrependimento.
Tua essência em beijos se exala.
Não te magoar será minha eterna dívida.

Às vezes mulher, às vezes ausência, mas sempre Borboleta.
Voe em outros campos, mas meu coração será sempre teu jardim.
Seu porto seguro em todas as estações.

Minha inspiração! Quando desenho, és meu lápis. Quando pinto, és a minha paleta.
Todas as vezes que você voa sempre leva um pedaço de mim.
E isso faz com que eu não fique distante de ti, de suas imediações
(Gabriel Araújo)

Imagem da Borboleta-monarca (Danaus plexippus)

Soneto ma puce
(Tem vários significados no francês, mas eu sempre usei como docinho ou minha querida)

Como esquecer daquela noite?
Naquela capelinha perdida entre as casas do bairro.
Nossas mãos dadas, o calor de uma confortando a outra.
O motivo do meu sorriso era você. E este teu sorriso bobo pertencia a mim.

Inesquecíveis são as palavras proferidas em nossas conversas em pernoite.
O amor estava se construindo aos poucos como a casa de um joão-de-barro.
Porém era frágil como uma bola de sabão que com um simples toque estoura.
E seguindo a lei universal de que “tudo o que é bom dura pouco”, nossa relação teve um fim.

Existem coisas que são eternas para a alma de um artista.
Aqueles teus “sorrisos abertos” sempre terão lugares cativos em mim.
Lembranças que eu tenho o prazer de esquecer aos poucos, como aquele seu sorriso de quem tem amor pela vida.

Existem pessoas que dominam o pensamento. Fazem se morador mesmo sendo visita.
Você não tinha medos, assim como a flor que deixa o conforto da estufa para se aventurar com as outras flores no jardim.
Pois sabe que as intempéries da vida são melhores suportadas ao lado de quem se ama do que uma vida sozinha e protegida.
(Gabriel Araújo)

Idosos

Seres que necessitam de cuidados.
Seres frágeis que são esquecidos.
Seres como a gente.
Seres que só precisam de outros seres.

Que acolhem quem não foram convidados.
Corações puros, de sorrisos desconhecidos.
Seres que não precisam de muito para viver, não são exigente.
De tuas histórias contadas, se encontram grandes saberes.

Das rugas de teus rostos, tem a história desta terra
Dos teus olhares serenos, tens as dores de uma vida sofrida.
De suas cabeças brancas, Guardam as imagens das estações.

Sobreviveram em meio a tantas alegrias e a tantas guerras
E para relembrar de bons e maus momentos, guardam com carinho na pele todas as suas feridas.
Um dia nós, jovens, talvez estaremos em seus lugares. Mesmo tendo feito nenhuma ou grandes realizações.
(Gabriel Araújo)

Foto tirada do Instituto São Vicente de Paula em Campina Grande

É tempo de falar com o Pai.

Tu que me ensinas com o silêncio.
Que me ensinas com as lágrimas que escorrem de meu rosto.
Que me ensinas com os sorrisos dos “invisíveis” da rua.
Que me ensinas na dor.

A cruz que todos os dias eu carrego, que eu vivencio.
É pouco perto do teu sangue no calvário exposto.
Se as feridas dos meus pés me impendem de andar, peço cura.
Se meu pescoço precisa de descanso, me deixe permanece no colo do teu amor.

Estás sempre comigo.
Estás sempre no meu próximo.
Estás em tudo.

Contigo, nunca me sinto sozinho.
Mesmo que eu perca tudo o que eu estimo,
Você permanecerás sendo o centro principal do meu mundo.
(Gabriel Araújo)

Foto tirada da Catedral de Nossa Senhora da Conceição em Campina Grande

Hoje é dia de Nossa Senhora da Conceição! Que o exemplo dessa mulher possa adentar nos recôncavos mais solitários de nossos corações!

Soneto de um perdedor (Desabafo)

Sempre gostei de sofrer.
Como qualquer poeta.
Vivo de forma grandiosa o momento.
Porque sei que a queda irá me trazer a inspiração.

Mas, nunca planejei sempre perder.
Deus! Se escutas meus soluços, minhas intenções, minha solidão, porque continuas a me fazer o ser mais infeliz desse planeta?
Eu tinha apenas um sonho na vida, pensava em ser um pai bom, pensava em casamento.
Já desistir de minhas aspirações há muito tempo, meu coração sofre de depressão pós-parto, sofre de expropriação.

Enquanto isso, continuarei a ser um nerd que usa uma miserável camisa de nerd.
Será que foi essa a vida que me planejaste?
Porque todas as vezes que eu volto a sonhar, tira isso de mim?

O que é mais uma derrota para quem sempre perde.
O que aqui tinha, se perdeu com o desgaste.
Pois, assim como um coração que se entrega, no inverno as flores sempre morrem no jardim.
(Gabriel Araújo)


Qual é a lição que temos de uma derrota?
Que tem pessoas que nasceram para se foderem em derrotas.
O famoso “Azar dos Parkers”, Stan Lee já sabia disso há mais de cinco décadas.
Não importa o quanto se esforce, tem pessoas que nasceram destinadas a nada.
Talvez seja isso que devemos esperar da vida....
Um grande nada...
E quem sabe um dia ela nos surpreenda.... quem sabe...

Obrigado, Deus! Por mais uma decepção na minha vida, não estou sendo irônico. Isso só me faz crescer. Felicidade, isso é algo construído pelo homem, e talvez ela nem exista como dizem. Porém, amadurecimento e dor são mais palpáveis do que muita coisas que a gente enxerga. Vivemos momentos tristes, em que devemos nos agarrar no que há de mais seguro em nossas vidas, a fé.

Soneto de Ana Caroline (Aninha)

Criança iluminada.
Tão lindo é o seu jeito de sorrir.
Sorriso que expressa sentimento verdadeiro.
Sentimento que só as crianças são capazes de demonstrar.

Minha afilhada amada.
Compromisso em que todos os dias não me arrependo de assumir.
Pois, este teu olhar sereno cor de brigadeiro,
é irresistivelmente irresistível de não amar.

És uma dádiva de Deus.
És a esperança de um futuro melhor.
És a flor que nasce no terreno íngreme de forma tímida.

És a alegria dos dias meus.
És a união que me foi confiada pelo Senhor.
És e sempre serás uma parte importante da minha simples vida.

(Gabriel Araújo)

Te amo, minha princesa!! 

Cecília

És o diamante negro destas terras tão velhas e secas.
O fruto guardado do umbuzeiro.
A flor que nasce depois da chuva no Xique-Xique
És a vida que escorre entre cascalhos e pedras.

És a espécie mais bela, natural e endêmica.
Seu aroma pode ser sentido de Natal até em Juazeiro.
Ancestralidade das grandes tribos de Moçambique.
És a água que o peregrino procura. És o azul do São Francisco, és o verde das palmeiras.

Quem diria?!
Que seria você a reivindicar um espaço no meu coração.
Justo você, linda.

Uma mulher arretada em corpo de guria.
Ondas do teu cacho, curvas da tua boca. O exótico é sua essência entre as linhas tênues da imperfeição.
E pense numa imperfeição mais do que perfeita com nome de Cecília.
(Gabriel Araújo)

                                                    Flor da planta Xique- Xique

Saudades daquelas ligações

Eu ligava à noite.
Para aquela que mesmo longe me tinha por perto,
Que ria do que eu falava,
Que esperava toda noite eu ligar.
O amor por ambas as partes, entre aquelas palavras tão carinhosas, se afirmava.

Quantas coisas são memoráveis quando estamos lúdicos em pernoite!?
Quando por novas experiências estamos abertos!?
De forma tão inocente a gente se amava.
Dados que rede social nenhuma consegue registrar.
O tamanho de afeição que aquelas ligações carregavam.

Mais do que aquelas ligações, sinto falta de você.
O que pode ser visto como momento de fraqueza por muitos.
Eu prefiro pensar em saudade daquilo que me completava.
Afinal, todos os poetas gostam de passar horas pensando em infinitos amores, porém eu dei a qualidade de infinito para um único amor.

As lembranças me parecem tão voláteis, mas o seu sorriso será a última coisa que vou esquecer.
Pois, foi a primeira detalhe que notei em você naquele momento fatídico.
Essa relação ganhava a cada dia a grandeza que jamais se estimava.
Hoje, estou numa noite como tantas foram aquelas, estou lembrando dessas coisas enquanto escrevo, para não me sentir a sós com o meu próprio desamor.
(Gabriel Araújo)

Futilidade

Era uma vez,
um vilarejo no meio do nada.
Em algum tempo na estória.
Criado pela mente do ser humano.

Nessa terra existia um rapaz chamado Tolo.
Tolo não possuía família.
Mas, todas as pessoas gostavam dele.
Porém, Tolo não se contentava com sua simples vida.

Sua rotina era engraxar os sapatos dos forasteiros.
Morava na parte de cima de um bar em que toda hora era hora de festa.
O dono do bar havia lhe achado no lixo próximo ao estabelecimento, havia uma gaita ao lado do seu cesto.
A noite como agradecimento, ele fazia o bar brilhar ao som do instrumento.

Tolo queria ser que nem “o senhor da terra” ou alguém importante talvez.
Ele não está errado, sonhar é uma característica de pessoas determinadas.
No entanto, Tolo não tinha tempo para batalhar pelos seus sonhos. Como alguém assim pode receber alguma glória?
A vida sempre procura testar as pessoas, tudo está traçado em um maior plano.

Num certo dia, enquanto andava ele encontrou algo dourado no solo.
“Estou rico, encontrei ouro!” isso a todos, ele dizia.
Passava o dia, falando de luxo, esqueceu de todos aqueles que lhe amavam, aquela pedra havia corrompido seu coração. Ao invés de crescer, ele retrocede.
Sua pobre vida continuou sendo pobre, o que era falta de recursos financeiros, se tornou falta de humanidade. Inveja reprimida.

A pedra não era ouro, era pirita. Todos os enganados foram pedir satisfação: xerife, hoteleiro, açougueiro.
Aquela pedra dourada que antes não tinha nome foi batizada de Ouro dos Tolos. Para servir de lição a todos que bancam de besta.
Quanto a Tolo, foi preso e ainda chamado de desonesto.
De noite, na prisão, se escutava um som muito triste vindo da cela, era Tolo com sua gaita. Lá nasceu o blues, lá nasceu o ressentimento. 
(Gabriel Araújo)

Soneto da Alquimia (Por um mundo sem classificação)

No mundo ideal.
Todos poderão se expressar da forma que querem.
Pois, ninguém pode controlar a vida de ninguém.
Pena que nem todos pensam que o mundo ideal pode ser formado aqui.

No mundo ideal.

Todos terão verdadeira igualdade perante as leis,se leis eles realmente necessitarem.
E isso não é questão de privilégio, eles sabem que estão na mesma estação e esperam pelo mesmo trem.
Pena que alguns querem ser maiores do que os outros no mundo daqui.

Num mundo sem rótulos, sem separação, sem classificação.
Num mundo onde o que importa é ser feliz.
Num mundo talvez utópico ou talvez palpável.
Num mundo sem medo, sem ódio, num mundo sem fobia.

Esse mundo em que o dinheiro não mede o tamanho do coração.
Onde existe no mesmo campo de flores, seres que nunca souberam o sentido de ser infeliz.
Só existe o horizonte para ser demarcador e existe uma paz formidável.
Só existem pessoas como o mundo daqui, Porém, elas souberam transformar coisas improváveis, aversão em amor, cobre em ouro, semelhante uma ciência antiga chamada alquimia.
(Gabriel Araújo)

Declaração

Querer esse teu cabelo preto sempre por perto de mim, será que é pedir muito?
Jurar amor infinito, fazer planos impossíveis, formular ilusões de um mundo juntos. Será que tudo é errado?
Estamos frente a frente, nesse quarto de hotel e eu não pretendo sair daqui nem tão cedo.

Querer que estes sóis do teu rosto sejam o centro de meu universo, será que é pedir muito?
Pensar em você, você pensar em mim, dividir os mesmos sonhos. Será que tudo é errado?
Se me der uma chance, lhe mostrarei que o amor de verdade não se descarta, não se acha em vitrines, não é nenhum brinquedo.

....
..

Já são 9 horas da noite e todas as palavras já foram faladas.
Então, o silêncio habita a sala.
Você se dirige para minha direção.
E me abraça, confesso que esse abraço era tudo o que estava necessitando.

Levanto sua cabeça, vejo que você não consegue conter as lágrimas
E você sussurra timidamente ... “ – Quem além de você, seu bobo, na velhice irá me roubar um sorriso e segurar a minha bengala?”
Estes braços afetuosos parece um bom lugar para repousar, fico sem reação.
O resto da noite, iremos ser inspiração um para o outro. Era o que eu buscava, pois para um poeta não tem nada melhor do que está amando.
(Gabriel Araújo)

100ª POSTAGEM!!! 

São 6 anos escrevendo e quero presentear vocês, meus leitores, com um poema muito especial para mim! Apreciem!

Dádiva do Nilo

Rio Nilo, lágrimas de uma deusa.
Que da perda do marido fez florescer vida no nordeste africano.
Estórias contadas em hieróglifos perdidos.
Faz parte do encanto de uma civilização antiga.

Areia que a História embeleza.
Tradição preservada nas paredes perdura por anos.
Pelas cheias do rio, povo sempre agradecido.
Dia-a-dia, o escravo, o sol castiga.
 
Pirâmides, geometria divina.
Em seus labirintos, guardais a imortalidade.
De grandes faraós, mitologia encarnada.
Absoluto poder que brilha em dourados túmulos.

Oh, sagrado! Na adversidade à mente transforma, cria e imagina.
Cereais, cevada e frutos. Riqueza da comunidade.
A vida é só uma etapa dessa longa jornada.
Coração da África, de seus ensinamentos somos todos discípulos.

Mulher egípcia.
O amor queima nos sóis dos teus olhos.
Manjar dessa terra.
Cores que se misturam na areia dessas miragens.

A riqueza desse deserto, tua boca anuncia,
A herança que irá herdar nossos filhos.
Há muito tempo eu esperava encontrar alguém que bagunçasse minha vida. Eu lhe trago paz e você me vem com sua guerra.
No teu corpo se encontram as melhores paisagens.

(Gabriel Araújo)

Sala do sarcófago.

Terra Natal

“... Guarujá... Guarujá.

O mais lindo recanto que há. 

Poema de sonho e de cores.

Um ninho de amores.

És tu, Guarujá...” (Canção do Guarujá)

Guarujá
Necessito de ti!
Os amores que eu encontrei aqui
Não me fizeram esquecer daqueles que eu construí aí.

Oh, linda pérola do Atlântico, Guarujá!
Já não me sinto tão bem longe de suas praias!
Longe da tua brisa, longe daquela velha e boa maresia.
Longe daquela menina que floresceu em seu território.
Longe das promessas que firmei junto às conchas do mar.
Hoje tudo parecem pegadas na areia que o mar levou.
Só a saudade, que queima que nem o sol no horizonte de sua crosta litorânea, que me restou.

Recanto de amor e paz, Guarujá!
Existem fronteiras de distância me separando de suas ruas.
Existem mágoas nessa distância de chão.
Nessa distância de sonhos perdidos na jornada.
Nessa vida de miséria que mora no suor do povo que eu encontro.
Na saudade de tempos que não voltam mais, que há nos olhos de cada sertanejo.
Penso na vida que deveria ter sido e não foi em suas terras;
Penso em tua vida
Penso em minha vida.
Penso em um mundo que deixei, quando abandonei sua paradisíaca ilha!

Se hoje lembro dos sorrisos de quem deixei.
Dos amigos que um dia eu fiz.
Das coisas que eu podia ter dito e eu não falei.
É porque ainda existem fragmentos seus, como um coração com uma eterna cicatriz.
(Gabriel Araújo)

Poema da Renata ( Sorriso vermelho)

Foi por causa daquele beijo, que troquei milhares de olhares.
Foi aquele teu sorriso, que me fez esquecer de todos os outros.
Foi do lado daquela árvore,  o nosso primeiro beijo.
E, quando a gente for velhinhos, será lá também o nosso último.

Como viveu? Por que não apareceu antes? Por onde andaste?
As respostas vieram naquele beijo de São João, na fogueira, nos estouros.
Na sua sedução, na dança, no meu desejo.
Meu desejo era que o tempo tivesse parado enquanto meus olhos procuravam teu riso. Minhas mãos procuravam tuas mãos. Coisas em você que eu rimo.

Renata.
Sua beleza, o céu se rasga.
Esse seu sorriso vermelho, meus olhos exaltam.
Me perco nesses olhos, como o pôr do sol de uma regata.

Minha boca é dependente da sua boca, elas se gravitam.
Sou prisioneiro do cheiro do campo e do seu cabelo cacheado.
Dos meus cuidados seus dias necessitam.
Nosso amor tem a cor desses matos, dos teus olhos esverdeados.
(Gabriel Araújo)

Soneto de Vercillo (tarde boa de domingo)

Eu não disse que você chegaria?!
Chegaria trazendo a inspiração, o sol, a doçura e a lua contigo.
Desalinhando minha vida, minha atmosfera, como nenhum outro furacão provocaria.
Devastando cada partícula da minha estrutura, fazendo me perder nesse doce perigo.

A vida assim como a matemática é um campo de vastas possibilidades e surpresas boas.
Tal qual o sorriso da pessoa amada que arranca suspiros.
Parece até uma tarde boa de domingo, onde o tempo é infinito em suas horas tão poucas.
Tal qual uma daquelas músicas de Jorge Vercillo. 

Meu olhar quando encontrou o seu foi como um ENCONTRO DAS ÁGUAS.
E o meu CICLO se tornou completo ao ser associado ao seu.
Marcas na areia QUE NEM A MARÉ leva, que o Sol se põe em espera

Oh, FÊNIX! Derrame sobre esse ser que está nas cinzas suas brasas de amor, se transforme e em mim, se deságua!
No HIMALAIA, na rua ou EM ÓRBITA, ocupe-se de um lugar que é todo teu!
Em todas as estações, eu estou a sua espera, linda flor que se preserva para alcançar a primavera.
(Gabriel Araújo)

Soneto da Rua de Olinda

Faz 5 minutos que eu estou aqui apenas observando o seu sorriso.
Vendo em seu olhar a recompensa das minhas escolhas.
Vendo neste seu jeito impaciente, a desorganização que faltava na minha vida.
Em todos os seus detalhes vejo que essa relação irá durar no mínimo uns 100 anos.

Agora já se passaram 10 minutos e sou o palhaço que provoca o seu riso.
Sou a pessoa que confia em você, e juntos, escrevemos nossa história em brancas folhas.
Sou a pessoa que estar sempre aqui, sou a pessoa que beija as suas feridas.
Uma fazenda, dois cachorros, um violão e nossos filhos. Você está em todos os meus planos

Já vai completar 20 minutos e eu não me canso de lhe contemplar.
Oh, ser amado! Mulher, menina, amada, palhaça, guria, minha linda!
Perco-me fácil nesse horizonte que você esconde entre os olhos!
....

30 anos já se passaram e eu continuo achando que casei com a mais linda pérola do mar.
Parece que foi ontem que nos conhecemos! Numa rua onde floresceu um amor, numa rua de frevo, numa rua de Olinda.
Os anos se passaram bem devagar, parece que eles não queriam se desapegar da gente. Você nunca desistiu de nós e eu nunca tive dúvidas, pois desse nosso amor eu me acolho.
(Gabriel Araújo)

                  Imagem do Grupo de percussão Conxitas se apresentando nas ruas de Olinda no Carnaval de 2014.

SONETO DAS FLORES

ANGÉLICA, a moça das flores. 

Seu sorriso parece eterno ao vento.

Um LÍRIO que resistiu ao inverno.

AZÁLEAS, CAMÉLIAS e GIRASSÓIS, todas te lembram em pensamento.

Minha CEREJEIRA do amanhecer, somente a ti quero por perto.

De manhã, dois pãezinhos e um COPO DE LEITE. 

Depois, um jantar a sós com um buquê de ROSAS.

Por toda a nossa vida, espero que você me aceite.

Segurando na PALMA das mãos, ao seu lado as horas serão valorosas.

Como esquecer o dia em que nos conhecemos? Aquele NARCISO no seu cabelo e seu vestido azul Turquesa.

Sorte é ter uma bela MARGARIDA a todo dia me beijar

Dividir um guarda-chuva, enquanto cai uma fina CHUVA DE PRATA.

Só o amor faz florescer um mundo novo, onde há espinhos nos CRAVOS, para esconder uma bela surpresa.

Na estrada da vida, procurei até encontrar um horizonte para repousar.

Para todos aqueles que encaram a vida com decência, a vida lhe será grata!
(Gabriel Araújo)

Poesia com rima cruzada formada por 4 estrofes:                                              
      
 Responsabilidades

Têm pessoas que aprendem desde cedo a ter;
Já outras aprendem depois das consequências o seu significado.
Alguns consideram que possuem responsabilidade sobre outras pessoas.
Outros, não se veem obrigados a dever explicação a ninguém.

 A todo o tempo, casais de namorados não medem as responsabilidades de seus atos.
Já outros, medem até demais, não vivem o que a vida lhe proporcionam.
Têm pais que impõem a realização de seus sonhos particulares, como forma de responsabilidade de seus filhos.
Têm filhos que ainda não descobriram como é viver sua própria vida.

Têm pessoas que a única ocupação de sua vida é colocar defeitos na vida dos outros, enxergam nisso uma forma de se entreter.
Mas enquanto o tempo passa e o entretenimento é supérfluo, só terá tempo para ver deteriorando um corpo vazio e estratificado.  
Têm pessoas que fazem de suas responsabilidades atos maus e outras fazem ações boas.
Pessoas que vivem com muito, roubando milhões e não são presas. E outras que roubam um pão para dar de comer para seus filhos, acabam sendo presas e são vistas pela sociedade como um “zé ninguém”.

Nessa vida nem todos que agem com responsabilidade, tem dignidade. Grandes gênios não se amostram, encontram serenidade e sabedoria no anonimato.
Somos responsáveis por aquilo que falamos e escrevemos, pessoas que não colocam medidas em suas palavras devem abaixar a cabeça quando a razão não lhe for dona.
Nessa vida, tudo deve ser visto como forma de aprendizado, pois no deserto existencial da vida, somos apenas andarilhos.
 À procura de oásis para matar a sede de nossa curiosidade, em busca de um momento de calma perante essa vida corrida e sofrida.
(Gabriel Araújo)

‘Onde o aprendizado for à vitória, não existe derrota’ 

(Victor Chaves)

Poesia para meu primeiro e grande amor!

Mãe!
Ser iluminado, cheio de graça!
Ser de compaixão!
Meu ser de amor!

Amiga!
Vida por trás do mundo de fogo e de fumaça!
Humanidade de meu coração!
Inspiração de afeto para este escritor.

Linda!
Como são lindas as suas mãos sofridas do tempo!
Como são lindos os seus sorrisos!
Como são lindos os dias ao seu lado!

Ensinamento!
Me ensina  e me acolhe com o seu amor calorento!
Me ensina e me compreende com sua forma de ver o mundo, a partir de simples risos!
Me ensina e me cativa a cada novo aprendizado!

Ser geradora de vida!
Dona de um dom abençoado!
Desses seus frutos nascerão maravilhas!
Esses seus frutos são suas conquistas!

Luz!
Luz que sacrifica seus sonhos tão sonhados,
para ser luz de outras luzes que brilham!
Luz que sabe ser luz de forma tão linda!

Mulher que sabe ser mãe de forma tão bonita...

(Gabriel Araújo)

Te amo mãe!