sábado, 27 de julho de 2013

finalização da coletânea Marcas.


Feito Água dos orvalhos,
O seu choro se forma.
Se formando uma depressão,
Uma pequena gota em seus rostos.
É uma menina, uma menina com olhos molhados,
Pequena em seu mundo, grande em seu entorno.
Um pequeno abalo, acaba com sua ilusão,
Presente em sua alma, frágil nos seus sonhos.
De qualquer jeito, eu a podia lhe chamar
de meu bem,
E isso por mim ela sentia também.
Ela bloqueava os raios de sol,
clareava a sombra da lua.
Ela tinha tudo e vivia só,
Ela me tinha e esperava por nóis.
O amor desse jeito era concreto.
Era o riso, era o sorriso, era do que por ela eu espero.
Não podia saber de tudo,
Mas para mim ela conhecia o necessário.
Explicava muito, as razões do amor e do mundo.
Errava em suas palavras, trocava as consoantes
pelas vogais.
Depois alisava seu cabelo, mostrava em detalhes,
Em suas bochechas rosadas os sinais.
Eu via o tempo ir simbora bem devagar,
Eu via tudo de longe,
Com ela até a terra parava de girar...
Não encontro os meios, se não por onde
deixar de te amar.
(Gabriel Araújo)